O sol já se punha em minha frente. Eu tinha que decidir o que fazer da minha vida. Casar com cara mesquinho, ou com quem eu realmente amor.
Mais isso não era o pior não era isso. Ou eu casava com um lobisomem idiota, ou com um lindo vampiro. Mas isso não era justo, eu não tinha que escolher com quem iria passar o resto da minha vida.
Meus pais acham que estão fazendo bem pra mim, escolhendo que eu me case com um lobisomem, o que pode mais repugnante do que qualquer coisa no mundo.
Ao longe, eu ouvia uma voz me gritando, desesperadamente.
- Cathy !! Cathy, cadê você ? – A voz era masculina, não consegui identificar de longe. – Cathy aparece, anda.
- Mark ? – eu me levantei, o que meu irmão estaria fazendo aqui ?
- Graças a Deus eu te achei, aquele cachorro pulguento está te esperando lá em casa – ele estava ofegante.
- Não – eu sussurei baixo. Eu ainda não estava pronta. Toquei a cicatriz em meu braço pela blusa, sentia ainda uma onde de calor, ela estava ali fazia pouco menos de 2 horas.
- O que foi ? – ele olhou para onde estava minha mão. – O que você fez Cathy ?
Eu não podia contar, Scott tinha me forçado a não contar a ninguem. Mais Mark sabia de quase todos meus segredos, porq não contaria mais esse pra ele ?
- Eu não posso contar Mark, me desculpe – deixei ele lá, e sai correndo. Mas acho que não deveria ter feito isso, pois passei em frente à casa de Scott, onde não tinha mais vida após ele ter se mudado.
Eu sabia que se voltasse para casa, eu teria que fazer uma escolha. E mesmo que eu não queria, a única escolha que eu tinha naquele momento, era seguir a ordem de meu pai.
“Ou casa-se com um dos Montgomery, ou será morta”
As ameaças de meu pai sempre foram muito fortes, ele nunca admitiu que nenhum de seus filhos casa-se com um ser da mesma espécie. Tanto que minha irmã agora, esta casada com um pulguento.
Nunca entendi esse tratado entre vampiros e lobisomens. Sempre achei uma bobagem. Não existe como duas espécies totalmente diferentes viverem juntos.
Já era noite quando cheguei na mansão. Parecia que todos me esperavam, principalmente Erik. Ele levantou rapidamente, me segurando.
- Você é louca ou o que ? Como some desse jeito e não havia a ninguem ? – ele me apertava forte, quase esmagando meus ossos.
- Hey, me solta – me desvenciei dele com um só tapa. – Nunca mais encoste em mim. – gritei.
Subi as escadas e me tranquei no quarto. Tinha que ter um jeito de fugir.
Percebia pelos passos na escada que Erik concerteza tinha me seguido. E constatei isso quando ele entrou no quarto, batendo a porta forte.
- Nunca mais grite comigo, sua humana desprezível – ele apertou forte meu braço.
- E você, nunca mais encoste em mim – cuspi em sua cara. Ele levantou a mão, dando-me um tapa forte.
- Vamos ver se você muda de comportamento depois do casamento – ele me largou no chão, e saiu.
Toquei o coração que Scott tinha feito em mim. Lembranças dos dias felizes que passei com ele voltaram em minha mente. Eu o amava mais que tudo, e não estava disposta a esquecê-lo de jeito nenhum.
Uma lagrima de sangue escorreu em meus olhos, significava que o veneno já estava se espalhando por todo meu corpo. Parecia que a cada vez mais, eu sentia que Scott estava vivo dentro de mim, e eu iria levá-lo comigo pra sempre. Nada nem ninguem, iria me afastar dele.
Toquei a feria em meu pescoço e me lembrei da frase de Scott:
“Nunca se esqueça do amor, ele vive dentro de você”
Afinal, pra mim, Amor se escreve com sangue.
Abri a janela e senti a brisa batendo em meu rosto. E depois disso, eu não me lembro de mais nada.