10 de dez. de 2010

Amor se escreve com Sangue


O sol já se punha em minha frente. Eu tinha que decidir o que fazer da minha vida. Casar com cara mesquinho, ou com quem eu realmente amor.
Mais isso não era o pior não era isso. Ou eu casava com um lobisomem idiota, ou com um lindo vampiro. Mas isso não era justo, eu não tinha que escolher com quem iria passar o resto da minha vida.
Meus pais acham que estão fazendo bem pra mim, escolhendo que eu me case com um lobisomem, o que pode mais repugnante do que qualquer coisa no mundo.
Ao longe, eu ouvia uma voz me gritando, desesperadamente.
- Cathy !! Cathy, cadê você  ? – A voz era masculina, não consegui identificar de longe. – Cathy aparece, anda.
- Mark  ? – eu me levantei, o que meu irmão estaria fazendo aqui ?
- Graças a Deus eu te achei, aquele cachorro pulguento está te esperando lá em casa – ele estava ofegante.
- Não – eu sussurei baixo. Eu ainda não estava pronta. Toquei a cicatriz em meu braço pela blusa, sentia ainda uma onde de calor, ela estava ali fazia pouco menos de 2 horas.
- O que foi  ? – ele olhou para onde estava minha mão. – O que você fez Cathy  ?
Eu não podia contar, Scott tinha me forçado a não contar a ninguem. Mais Mark sabia de quase todos meus segredos, porq não contaria mais esse pra ele  ?
- Eu não posso contar Mark, me desculpe – deixei ele lá, e sai correndo. Mas acho que não deveria ter feito isso, pois passei em frente à casa de Scott, onde não tinha mais vida após ele ter se mudado.
Eu sabia que se voltasse para casa, eu teria que fazer uma escolha. E mesmo que eu não queria, a única escolha que eu tinha naquele momento, era seguir a ordem de meu pai.
“Ou casa-se com um dos Montgomery, ou será morta”
As ameaças de meu pai sempre foram muito fortes, ele nunca admitiu que nenhum de seus filhos casa-se com um ser da mesma espécie. Tanto que minha irmã agora, esta casada com um pulguento.
Nunca entendi esse tratado entre vampiros e lobisomens. Sempre achei uma bobagem. Não existe como duas espécies totalmente diferentes viverem juntos.

Já era noite quando cheguei na mansão. Parecia que todos me esperavam, principalmente Erik. Ele levantou rapidamente, me segurando.
- Você é louca ou o que  ? Como some desse jeito e não havia a ninguem ? – ele me apertava forte, quase esmagando meus ossos.
- Hey, me solta – me desvenciei dele com um só tapa. – Nunca mais encoste em mim. – gritei.
Subi as escadas e me tranquei no quarto. Tinha que ter um jeito de fugir.
Percebia pelos passos na escada que Erik concerteza tinha me seguido. E constatei isso quando ele entrou no quarto, batendo a porta forte.
- Nunca mais grite comigo, sua humana desprezível – ele apertou forte meu braço.
- E você, nunca mais encoste em mim – cuspi em sua cara. Ele levantou a mão, dando-me um tapa forte.
- Vamos ver se você muda de comportamento depois do casamento – ele me largou no chão, e saiu.
Toquei o coração que Scott tinha feito em mim. Lembranças dos dias felizes que passei com ele voltaram em minha mente. Eu o amava mais que tudo, e não estava disposta a esquecê-lo de jeito nenhum.
Uma lagrima de sangue escorreu em meus olhos, significava que o veneno já estava se espalhando por todo meu corpo. Parecia que a cada vez mais, eu sentia que Scott estava vivo dentro de mim, e eu iria levá-lo comigo pra sempre. Nada nem ninguem, iria me afastar dele.
Toquei a feria em meu pescoço e me lembrei da frase de Scott:
“Nunca se esqueça do amor, ele vive dentro de você”
Afinal, pra mim, Amor se escreve com sangue.
Abri a janela e senti a brisa batendo em meu rosto. E depois disso, eu não me lembro de mais nada.

Amor ou Vingança


Eu estava com a estaca cheia de sangue em mão. Em minha boca, uma fina linha de sangue escorria.  Sei que não era certo, mais eu tive que fazer isso. Foi a pior dor que eu já pude sentir.
***
Eu andava pelas ruas de Nova York, era inverno, mais eu não sentia mais frio. Na minha família existia uma maldição. A cada 10° descendente, nascia-se um frio. E bom isso aconteceu comigo, e com meu pai, até ele ser assassinado.
Tinha descobrido há pouco tempo o que eu realmente era. Não fazia ideia. Eu sei que tinha manias estranhas, como beber sangue. Mas meus pais sempre falaram que era normal em minha família.
Eu não tinha amigos, sou do tipo excluída. Até perceber que, um garoto que tinha entrado do fim do semestre me olhava com um jeito estranho. E suspeitei ainda mais, quando comecei a falar com ele. Em poucos dias, tínhamos nos tornado amigos. Parecia que ele me entendia muito bem.
Uma semana depois, tinha descobrido que meus pais tinham sido assassinatos em uma viagem que eles tinham feito para a Europa. Depois disso, comecei uma busca incansável por quem tinha feito aquilo.
Foi quando descobri realmente, que tinha sido escolhida para fazer a vingança da minha família, que já durava gerações.
Virava dias e noites procurando pistas, pessoas que tivessem relações com os verdadeiros assassinos. Até que encontrei uma pista, que levava ao filho de quem tinha mandando assassinar meus pais.
Mas entrei em choque, ao ver quem realmente era. Como... poderia me vingar da única pessoa que me compreendia no mundo ?
Mais não era só que, que queria vingança. Havia mais alguem no mundo, que queria vingança pelas próprias mãos.
Will havia sido raptado. Por quem ? Eu ainda não sabia. Só sei que corria contra o tempo para salvar a vida dele. Havia descobrido realmente quem queria matá-lo. E eu nunca deixaria que alguem, fizesse algum mal ao Will.
Eu o havia encontrado em um galpão abandonado. Will estava todo machucado. Ele estava sendo torturado.
***
Eu estava cara a cara com ele. Estava perto de Will. Ia protegê-lo a qualquer custo. Nem que pra isso. Teria que matá-lo.
A estaca que eu havia escondido na cintura estava em minha mão agora. Por mais que eu o amasse, tinha que fazer isso. Sabia que era errado. Mais era o certo a se fazer. Escolher entre amor ou vingança ?
Antes de fazer minha escolha, tinha fazer algo primeiro. Virei-me para Will. Ele sabia meu segredo. Tinha contado há pouco tempo. Ele me olhava com ternura, como se soubesse do que precisava naquele momento. Cheguei um pouco mais perto. Dei um pequeno beijo em seu pescoço. Minhas presas furaram sua pele. O gosto de sangue me atingiu. Era o melhor que já tinha provado em toda minha vida. Afastei-me dele, vendo-o fechar os olhos.
Já havia feito minha escolha. Tinha avançado pra cima dele e enfiado a estaca, bem no meu do peito, direto no coração.
Tinha sido a coisa mais dificil, ve-lo cair lentamente ao meu lado. Uma posa de sangue já começa a se formar ao seu lado. Me abaixei ao seu lado, tocando seu rosto.
- Me desculpe – dei um ultimo beijo em sua bochecha e me levantei
Eu estava com a estaca cheia de sangue em mão. Em minha boca, uma fina linha de sangue escorria.  Sei que não era certo, mais eu tive que fazer isso. Foi a pior dor que eu já pude sentir.
Virei-me para Will, ele ainda estava de olhos fechado, encostado em uma parede. O veneno concerteza já estava se espalhando por seu corpo.
Dei uma ultima olhada no garoto jogado no chão, tinha matado meu próprio irmão por amor. Preferi vê-lo morto, a ver Will morto.
Segurei Will pelo braço, tirando-o daquele lugar. Enquanto andávamos, ele sussurrou em meu ouvido.
- Eu amo você – e desmaio em meus braços.